segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Bolsonaro pede para investigar ação armada entre Roberto Jefferson e policiais em sua residência

A operação contra Jefferson pretendia levá-lo a uma prisão, por ter oferecido duras declarações contra a juíza Carmen Lúcia, depois que o Alto Tribunal Eleitoral expandiu seus poderes para impedir a disseminação de supostas "informações falsas", que inclui uma proibição de chamar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

José Gregorio Martínez
 
 

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, falou no domingo sobre uma troca de tiros entre o prisioneiro político brasileiro Roberto Jefferson e o pessoal da Polícia Federal do lado de fora de sua residência, quando as autoridades tentaram removê-lo da residência onde ele está em prisão domiciliar. A operação pretendia levá-lo a uma prisão, por dar duras declarações contra a juíza Carmen Lúcia, depois que o Supremo Tribunal Eleitoral ampliou seus poderes para impedir a disseminação de supostas "informações falsas", que inclui a proibição de convocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Através de suas redes sociais, o presidente nacional, bem como candidato à reeleição em 30 de outubro, apontou sua posição diante desses dois eventos. Bolsonaro, em primeira instância, repudiou as declarações de Jefferson contra o juiz, bem como sua ação armada - contra policiais federais, na qual ele danificou uma patrulha dessa agência de segurança.

Do mesmo modo, referindo-se à alegada mudança de detenção em torno do ex-membro, foi exposta a existência de investigações sem qualquer apoio na Constituição e sem o papel do Ministério Público. É por isso que o chefe de Estado brasileiro ordenou que o Ministro da Justiça fosse ao Rio de Janeiro, para continuar o desenvolvimento deste episódio.

Roberto Jefferson vs. Carmen Lucifer (em inglês).

A luta entre o ex-deputado Roberto Jefferson e o juiz Camen Lúcia escala para essa magnitude depois que ele descreveu o alto funcionário como uma bruxa e, mais tarde, fazendo um trocadilho com seu nome, se referiu a ela como Carmen Lúcifer, por defender a censura que seria imposta da mais alta corte.

"Ela sabe que é censura, mas será só desta vez, assim como os andarilhos que se prostituem pela primeira vez, ela é uma bruxa, uma vagabunda."

Em relação à troca de tiros com funcionários da Polícia Federal, a imprensa brasileira informou que Jefferson foi quem abriu fogo contra os policiais, para que ele pudesse evitar sua transferência, que ele considera fazer parte da censura imposta pelas instituições controladas pelo juiz Alexandre de Moraes para supostamente favorecer Lula da Silva na reta final do segundo turno. Mesmo a mídia internacional como o New York Times, uma linha progressista, perguntou na manchete de um artigo recente se defenderia a democracia, a mais alta corte do Brasil está indo longe.

Através de suas redes sociais, Roberto Jefferson disse que não atirou diretamente na polícia, mas no veículo e perto deles, porque em suas palavras, ele é "diminuido de tanta humilhação" e pede ao povo brasileiro que nunca se ajoelhe. Isso está em relação às decisões proferidas nos últimos anos do Supremo Tribunal Federal (STF) - indicados por juízes nomeados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula, a quem o presidente Jair Bolsonaro descreve como a ditadura da toga.

 

José Gregorio Martínez

Jornalista venezuelano dedicado às fontes da política e da economia. Editor-chefe do PanAm Post. Experiência anterior em mídia como NTN24, El Mundo Economía & Negocios, Diario La Verdad e Globovisión.

link da matéria

https://panampost.com/jose-gregorio-martinez/2022/10/23/bolsonaro-pide-investigar-accion-armada-entre-roberto-jefferson-y-policias-en-su-residencia/

 

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