Os ensaios eram bem produtivos. Chegávamos
entre 8/9 horas, plugamos e tocamos. Havia um interesse fiel ao trabalho próprio
a ponto de estarmos todo o domingo no estúdio do Luis das nove às 16 horas, sem
custo, sem pressão, somente produzindo.
Conseguimos compor 3 músicas
nesse tempo e uma quarta estava sendo confeccionada, mas a vida é uma caixinha
de surpresas. Como tudo na vida as coisas não são fáceis. Mera ilusão minha
achar que estava tudo bem, mas não estava.
Na medida em que avançamos na música,
começamos a retroceder no lado pessoal. Interesses difusos começaram a
atrapalhar o desenvolvimento da banda. Um queria uma coisa, outro queria outra.
Um achava isso, outro aquilo e as composições começaram a sofrer influencia.
O estúdio possuía uma bateria
emprestada e que sabíamos que ela seria retirada mais cedo ou mais tarde. Então
aproveitamos o tempo dela pra compor, estudar e gravar os ensaios.
Claro que o baterista não gostava
de gravações e isso atrapalhava o desenvolvimento. Como melhorar a musica se
você nem sabe como ela é. Porque você está tocando e não tem como avaliar 100%.
Você está ocupado, certo?
Ainda bem que gravamos os ensaios e possuo as fitas das gravações, hehehe, não poderia ser diferente.
Mas foi assim. Um dia o dono da
bateria viajou e a levou. Fim de papo. Ficamos somente com um espaço e sem o
que fazer. Bem que poderia ter havido mais interação mas não foi assim. Sem
bateria, sem música.
Tempo depois o Luis e o Rafinha saíram
da banda ficando o Rafael, Paulo e eu. Tivemos que correr atrás de um lugar pra
ensaiar e que possuía uma bateria e achamos, na Chapada. Era uma coisa de louco
que será contada na próxima postagem.
Então até lá com mais historia dos
bastidores da banda que mudaria o mundo, sqn.