sexta-feira, 12 de março de 2021

Amigos, ele está bem

Era uma noite no Centro da cidade, exatamente no entorno da praça São Sebastião. Muita gente circulando em todas as direções como se um grande evento estivesse acontecendo. Estava descendo a rua, que reconheço como a Eduardo Ribeiro pelo lado direito perto de uma árvore, daquelas que tem na calçada e antes dela havia um lanchezinho onde cabe apenas uma pessoa.   

Pois bem. Estava descendo e vendo todo aquele movimento quando dou de cara com o Casé conversando com umas pessoas que já estavam “saindo fora”.

Tomado de surpresa e sempre sorridente começou a fazer a “dancinha do abraço”. Com um grande abraço perguntei se ele estava bem. Respondeu que estava ótimo, com um grande sorriso, com alegria. Parecia que tinha acabado de descer do palco. Sabe como é a adrenalina depois que faz uma apresentação porrada. Estranhamente havia uma outra pessoa que não conhecíamos e que ele prontamente o cumprimentou e tal, com aquele jeito brincalhão. Quem conviveu sabe como é.

Depois desse rápido momento ele tira a camisa e atravessa a rua seguindo um cara andando de skate. Fiquei parado pensando o que fazer enquanto observava se distanciar. Saquei meu celular para registrar esse momento, esse encontro, e parti zimpada atrás do gordinho que ganhava terreno em cima do skate seguindo o outro skatista por uma rua que não existe ou é estranha. Ela fazia uma curva e tinha árvores acompanhando a direção. Comecei a filmar, estava logo atrás. Na tela aparecia a marcação do alvo como se fosse uma mira. Até que chegamos a um local, perto do Teatro Amazonas. Na verdade, era ao lado, mais estranho é que tinha que subir e na parte de cima haviam bancos onde as pessoas estavam reunidas, conversando, fumando cigarro e bebendo. Era um evento que pensei ser do Mandrake já que é lá que acontece o rock n roll e todos estavam de camisa preta.

Ainda com celular na mão segui o Casé, que estava distante. Ele corria muito. Até ele parar num banco onde havia umas pessoas. Parei para tirar uma foto e bem na hora que enquadrei ele se deita. Bem na hora, perdi a chance.

Então fui atrás de chegar mais perto porque eu tinha que tirar uma foto com ele para postar e dizer: “Amigos, ele está bem. ”

Infelizmente não o encontrei quando cheguei ao local onde havia deitado. Rodei atrás, percorri todo o lado do Teatro e nada. Sumiu. E eu com o celular na mão. Depois percebi que havia acabado depois que olhei para o fim da rua e vi o lanche do meu pai funcionando. Era um sonho. Muito real.

Havia sonhado com o Casé. Sorridente e brincalhão. 

 

“Amigos, ele está bem”.


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