segunda-feira, 24 de outubro de 2022

A mesma promessa populista: mordida de Lula e o assado de Alberto

No Brasil, o ex-presidente socialista repete um dos slogans que levaram o Kirchnerismo de volta ao poder. Mas na Argentina ele não tinha o assado e há menos do que com Macri.

Na Argentina e no Brasil, apesar das diferenças e da rivalidade futebolística, há muitas coisas em comum. A paixão pela carne assada, que, embora cozida de forma diferente, é uma tradição em ambos os países. Infelizmente, assim é o populismo peronista e o PT. Aqui, o assado é geralmente grelhado, com brasas e carvão, com poucas adições mais adicionadas do que sal e pimenta. O corte mais tradicional é a costela, que tem o mesmo nome que a própria comida: aka. Lá, mais temperos são usados e o cozimento dos despojos é comum. O corte típico é a mordida (o topo do quadríquio). Nosso emparelhamento é o vinho tinto e o dos irmãos brasileiros congelou a cerveja. No entanto, para nos dar esses gostos em ambos os lados da fronteira, você tem que ter uma economia saudável. As promessas demagógicas não enchem a geladeira ou a churrasqueira.

Este ensinamento, que era bastante evidente, foi lembrado dos maus. Muitos argentinos que votaram para deixar o Kirchnerismo em 2015, votaram novamente à Frente de Alberto Fernández e Cristina Kirchner em 2019. Ou seja, eles compraram soluções mágicas e espelhos coloridos que não se materializaram em nenhum aspecto. Uma das manchas mostrava um homem preso, com a grade cheia de latas de pinturas e azulejos. A publicidade prometia que, com Alberto e Cristina, o assado voltaria. Como é que eles conseguiriam? Eles não explicaram, é claro. Era uma questão de fé. O resultado? A dura realidade. Se com Mauricio Macri foi difícil fazer um assado, agora é praticamente impossível. Pelo que as pesquisas dizem hoje, o ilusório já se arrependeu e o peronismo podem ir para uma surra eleitoral no próximo ano.

Na véspera do segundo turno no Brasil, em 30 de outubro, o ex-presidente Lula parece disposto a fazer e dizer qualquer coisa para manter a vantagem da primeira curva e garantir o retorno. Em várias ocasiões, o candidato de esquerda disse que com Jair Bolsonaro as pessoas humildes já não comem carne (o que não é conluio com nenhum dado macroeconômico do país). Logicamente, ele garante que, se ele retornar ao poder, haverá picada e cerveja congelada para a aldeia. Tal é o delírio infundado da promessa populista, que até garante a temperatura da bebida no momento do consumo.

Será necessário ver se os cidadãos se reparam no exemplo do país vizinho ou se compram as promessas populistas incomuns de Lula. Infelizmente, com raras exceções, na América Latina parece que não se nota muito nas experiências dos países vizinhos. Embora os protestos na Colômbia estejam aumentando neste momento, não muito tempo atrás a maioria deu a presidência a Gustavo Petro, apesar de estar do lado da tragédia venezuelana dos parceiros políticos do atual presidente.

Da mesma forma, em uma de suas últimas apresentações, o deputado Eduardo Bolsonaro lembrou seus compatriotas do desastre que acabou sendo a Frente de Todos, que voltou ao poder pela mão de promessas vazias e críticas a Mauricio Macri. Você sabe como são os protestos na Argentina agora? "As pessoas quebram suas churrasqueiras, porque não podem mais fazer assadas", disse o filho do atual presidente.

 

Marcelo Duclos

Ele nasceu em Buenos Aires em 1981, estudou jornalismo na Taller Escuela Agencia e é mestre em Ciência Política e Economia em Esade. Ele é colunista de opinião convidado para Profile, Infobae e músico.

 

link original:

 https://panampost.com/marcelo-duclos/2022/10/20/promesa-populista-lula-asado/

 

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