Na época que a gente começou a tocar, quantas vezes nós tocamos. Acho que menos de 10 vezes. Perdemos oportunidades de abrir show para a banda grande. Deveríamos ter feito abertura para o Viper. Fizemos a abertura para o Shaman, para aquela banda de BM que não tinha nada a ver. Na verdade não era para ter trazido. Era para ter trazido outras bandas de heavy metal pra encostar a banda lá.
OPORTUNIDADES
Foi uma oportunidade perdida. Vamos parar para analisar. Quando o trouxeram o Viper (ZonicaMind), não vou dizer que nós trouxemos. Nós trabalhamos de graça. Mas quando trouxeram era para a banda (Amazônica) ter tocado, ter feito a abertura. Não era para ter 4 bandas. Muita falta de planejamento desde o começo. Eu acho que fui o primeiro a saber. Eles (Daniel e Rafael) vieram aqui em casa depois de ter fechado o contrato. Estava eu e o Dão aqui em casa. Vieram contar a novidade: “Vamos trazer o Víper”, eu disse: “Blz”.
Daí questionei: Não seria interessante investir primeiro,
como aprendizagem, com show local, é pequeno. Mais controle e tal. Depois parte
para show grande? E responderam com os ombros.
Na hora pensei na oportunidade da Amazônica aparecer abrindo pro Viper. Ia
colar beleza. Pensei em participação. Ia dar uma moral para a banda planejar
esse tipo de coisa. A banda tinha que aproveitar isso. Era uma estratégia. Tipo:
“AH, eles são amigos e tal”, o negócio seria diferente.
As duas banda no palco tocando “living for the night”, sei lá, alguma música pra gente dividir palco. “Chama o Pit pra tocar uma com a gente”, entende? Daí o imaginário popular: “Nossa o Viper e Amazônica estão juntos, eles são amigos, completam a frase um do outro e tal”.
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Amazônica |
É o tipo de imagem que marca na mente das pessoas. Certamente se fosse desse jeito o nosso nome estaria lá em cima. Isso eleva o nome, levanta a bola. O negócio é manter a bola lá em cima. Não adianta levantar a bola, cortar e fim de jogo. O mais “fácil” foi trazer a banda. A banda é nossa. O difícil é manter a bola em cima. O raciocínio: trago o Viper e aí combino com alguns deles para subir no palco e tocar uma música com a Amazonica pra dar uma melhorada na imagem. A autoridade do Viper iria viabilizar a Amazonica. Saca a estratégia? Era isso que eu pensava.
Era para a banda Amazonica estar abrindo esse show e não banda de Death, de power, de alternativo... não era pra ser assim. O Viper colocou mais de 3 mil pessoas no Rio Negro. Tínhamos que pegar a atenção dessas 3 mil pra Amazonica, fim de papo. Isso é estratégia. Foi uma burrice ter sido daquele jeito. Pelo menos dei a sugestão. Não ouviram. Enfim.
Deu no que deu. Erros amadores. Aqueles erros eram para ter sido corrigidos nos eventos pequenos. Nos pequenos eventos o controle é mais preciso. Fica mais fácil manter a bebida gelada. No dia do show do Viper a bebida esquentou na primeira rodada. Conto o porquê.
BEBIDA ESQUENTOU E AGORA?
Depois de montar a estrutura e posicionar as barracas de
bebidas começaram o abastecimento dos camburões. Depois de tudo cheio sobraram
alguns sacos com gelo que ficaram na reserva. O Adriano Gaúcho viu a situação e
perguntou do responsável pelas bebidas sobre o gelo pois não era suficiente pra
manter a noite inteira gelada.
Daí a diretoria (Daniel e Rafael) foi notificada sobre a situação e que a
solução era ligar pra FRIGELO e solicitar um carro pra ficar de plantão. A “Diretoria”,
na sua grande “experiência” disse que NÃO EXISTIA ISSO. (Um caminhão abastecido
com sacos de gelo para abastecer eventos). É para rir desses otários mesmo.
E assim o evento foi em frente. Nas primeiras horas deu tudo certo, mas na hora do principal... na hora que o Viper sobe ao palco a cerveja começou a esquentar e foi um corre-corre para comprar gelo, caro, de madrugada. Foi o prejuízo da Zonicamind. E aqui eu critico esses dois zés bucetas burros pra caralho.
NOTA SOBRE O PALCO
O início dos trabalhos era montar o palco. Claro
que o “diretor artístico” montou o palco ao estilo “passarela” ao invés da
montagem tradicional. Conseguem imaginar? Ao invés de ser assim: _ , montou
assim: |. Puta merda: é show de rock ou um desfile de moda?
Pensem, leitores, o trabalho que é montar e o trabalho de arrastar um palco
montado, arranhando os tabiques da quadra. Quanta BURRICE.]
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(imagina esse palco esticado ao estilo passarela?) |
*Por enquanto fica até aqui. Breve solto mais histórias;
** ref. a bandas de abertura: nada pessoal. Curto todas elas. São negócios e não emoção.